Artistas indígenas no Brasil têm reivindicado cada vez mais a inserção de seus corpos nos espaços museais, tendo em vista que almejam contestar a invisibilidade dos povos originários no país e desconstruir estereótipos etnocêntricos frequentemente associados a essas culturas. Nesse sentido, construir o diálogo com as instituições tem sido uma tarefa árdua, pois a estrutura desses espaços por vezes repele o sujeito indígena com suas filosofias, línguas, cosmogonias e modos próprios de pensar o estético. Levando em consideração a relevância desse debate, o artigo pretende analisar o fazer curatorial de Sandra Benites e Naine Terena nas exposições Dja Guata Porã: o Rio de Janeiro Indígena (2017), realizada no Museu de Arte do Rio (MAR), e Véxoa: nós sabemos (2020), que ocorreu na Pinacoteca do Estado de São Paulo, respectivamente. Cabe examinar como essas duas mulheres indígenas interagiram com museus brasileiros tradicionais, buscando executar outras formas de curar uma exposição. Para tanto, recorre-se a algumas noções, tais como de arte indígena contemporânea (Jaider Esbell, 2018) e curadoria como resistência (Moacir dos Anjos, 2017). Assim, o estudo demonstra que as curadoras indígenas têm buscado estabelecer diálogos interculturais com os museus, porém frequentemente as instituições não estão preparadas para desconstruir o seu pensamento eurocêntrico.
Palabras clave:
povos originários, museus, curadorias indígenas, Sandra Benites, Naine Terena
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Cómo citar
Barbosa Barros, R. K. (2023). Curadoras indígenas: diálogos y tensiones en la demarcación simbólica de los museos en Brasil. Meridional. Revista Chilena De Estudios Latinoamericanos, (20), 57–84. https://doi.org/10.5354/0719-4862.2023.70100
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